A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) realiza uma operação, nesta quinta-feira (8), contra criminosos envolvidos em diversos assassinatos a mando do jogo do bicho no Rio de Janeiro. Ao todo, são cumpridos um mandado de prisão e 41 de procura e mortificação, dos quais 13 são contra policiais militares suspeitos de envolvimento com a quadrilha.
O único mandado de prisão foi cumprido, na Baixada Fluminense, contra Ryan Patrick Barboza de Oliveira, de 23 anos, investigado pelo monitoramento do empresário Antônio Gaspazianni Chaves, possuidor do Bar Paragem Obrigatória, em Vila Isabel, na zona setentrião do Rio.
As investigações apontam que a vítima foi morta a tiros, em junho deste ano, posteriormente desviar quantia de máquinas caça-níqueis que possuía em seus bares. O Bar Paragem Obrigatória já foi claro de uma disputa entre os bicheiros Adilson Oliveira Coutinho, o Adilsinho, e Bernardo Bello.
De conformidade com a polícia, a quadrilha também é investigada pela morte do jurista Rodrigo Pelágico Crespo, assassinado a tiros nas proximidades da OAB-Rio, em fevereiro deste ano.
Uma das linhas de investigação é a de que o protector foi executado em decorrência da atividade profissional, uma vez que estaria advogando em causas que atrapalhariam os interesses ilícitos da organização criminosa, uma vez que jogos de apostas online.
PMs são alvos da operação
Entre os alvos de buscas da operação de hoje estão 13 policiais militares. Dois PM’s foram presos em flagrante por uso proibido de armas ou munições.
Em nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria Universal da Corporação apoia a operação da Polícia Social e que os agentes vão responder a procedimentos administrativos disciplinares, que podem resultar na exclusão dos militares das fileiras da corporação.
A PM declarou, ainda, que o “comando da SEPM reitera seu urgente compromisso com a transparência e condena qualquer cometimento de violação realizado por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.
Na ação desta quinta, os policiais também cumprem mandados de procura e mortificação, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Capital, contra policiais militares que estão envolvidos na morte do miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri, e de seu segurança, Alexsandro José da Silva, em novembro de 2022.