Rogério de Andrade, considerado o maior bicheiro em atuação no Rio de Janeiro, está sendo transferido, na manhã desta terça-feira (12), para o o Presídio Federalista de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O Tribunal de Justiça do Rio pediu a transferência mal o infractor foi recluso, no termo do mês pretérito.
De concordância com a Secretaria de Gestão Penitenciária (Seap), o bicheiro deixou a Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1), na zona oeste do Rio, por volta das 9h da manhã. A operação para a transferência contou com o escora de quatro viaturas do Grupamento de Mediação Tática (GIT) e do Grupamento de Serviço de Segurança Externa (GSSE), ambos da Seap.
O bicheiro foi escoltado até o Aeroporto Internacional do Galeão, onde foi entregue às autoridades da Polícia Federalista para embarque até Campo Grande. A previsão é que o voo decole por volta de 12h.
A 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri do Rio de Janeiro determinou que o infractor deveria permanecer impedido em presídio federalista de segurança máxima mal autorizou o cumprimento do mandado de prisão contra ele, cumprido no dia 29 de outubro.
A prisão ocorreu no contextura da investigação da realização de Fernando de Miranda Iggnácio, ocorrida em novembro de 2020, no estacionamento de um heliponto no Recreio dos Bandeirantes. Rogério e Iggnácio são, respectivamente, genro e sobrinho de Castor de Andrade, divulgado infractor já falecido. Os dois disputavam o controle de pontos de jogo do bicho e máquinas caça-níqueis em seguida a morte de Castor.
No início do mês, a Justiça negou dois pedidos da resguardo para revogar a prisão preventiva de Rogério, além da tentativa de impedir a transferência dele para um presídio federalista.
A CNN procurou a resguardo de Rogério de Andrade, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Quem é Rogério de Andrade
Uma das figuras mais conhecidas da contravenção, Rogério de Andrade foi recluso no Rio de Janeiro no dia 29 de outubro deste ano.
O bicheiro é criminado pelo homicídio qualificado de outro infractor, Fernando Iggnácio, ocorrido em novembro de 2020. Ele foi assassinado a tiros em um heliponto na zona oeste do Rio de Janeiro.
Sobrinho de Castor de Andrade, considerado o primeiro bicheiro a permanecer famoso no Rio, Rogério de Andrade assumiu os negócios da família em seguida a morte do tio, em 1997. A sucessão só foi definida em seguida uma disputa violenta pelo poder.
Rogério, que era braço recta de Castor, deveria dividir a legado e a gestão dos negócios ilegais com o rebento do bicheiro, Paulo Roberto de Andrade, e com o ex-cunhado, Fernando Iggnácio.
Paulinho de Andrade, porquê era divulgado o rebento de Castor, foi morto a tiros em 1998, enquanto saía de uma empresa dele na Barra da Tijuca.
Desde os homicídios dos parentes, Rogério de Andrade passou a ser o único herdeiro do predomínio de Castor, que inclui diversas empresas, escola de samba e exploração do jogo do bicho, com máquinas caça-níqueis, bingos e cassinos em toda a zona oeste do Rio de Janeiro.