O Ministério Público do Rio de Janeiro deflagrou nesta terça-feira (29) a operação Término da Risca, com o objetivo de prender Bernardo Bello, assinalado porquê patrão da máfia do jogo do bicho, e outras 25 pessoas.
Outrossim, a 1ª Vara Especializada em Transgressão Organizado do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) determinou que sejam cumpridos 57 mandados de procura e inquietação contra integrantes de organizações criminosas que praticam crimes de prevaricação e lavagem de verba por meio da exploração de jogos de má sorte.
Até o momento, os agentes do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Transgressão Organizado (Gaeco) prenderam 10 envolvidos.
Segundo o MP-RJ, as investigações começaram com a notícia-crime sobre um bingo ilegal em Copacabana, na Zona Sul do Rio, que funcionaria com a permissão de policiais militares. Os promotores descobriram, ainda, que o envolvido por confeccionar as cartelas para os bingos ilegais era explorado por várias organizações criminosas do Rio de Janeiro.
O Ministério Público alega que as organizações criminosas usavam diferentes modos de fraudar os resultados dos jogos e, com isso, potencializar seus lucros e subornar policiais militares, fazendo uso de violência para obter territórios.
As investigações descobriram três núcleos de organização criminosa chamados de Olímpico, Cascadura e Saens Pena, o que embasou as três denúncias.
O Gaeco identificou, também, prática de prevaricação sistêmica de Batalhões da Polícia Militar, razão pela qual, além de denunciar três praças, foi realizada procura e inquietação nas casas de outros dois (Fernando Nepomuceno da Silva e Luiz Henrique dos Santos), e de quatro oficiais da PM: major Rodrigo Fernandes Queiros, major Rômulo Oliveira André, tenente-coronel Alexandre Gualberto da Silva e o coronel Rogério Figueiredo de Lacerda, ex-secretário de Estado da PM.