O solicitador Allan Turnowski, ex-chefe da Polícia Social do Rio de Janeiro, é suspeito de formar uma organização criminosa para estribar o bicheiro Fernando Iggnácio, morto em 2020.
O policial foi branco nesta terça-feira (26) de uma operação do Ministério Público do RJ contra fraudes em contratos firmados com a Instalação Saúde. O MP-RJ apura os crimes de organização criminosa e fraude em licitação.
A CNN apurou que Turnowski é réu em um processo de 2022 por formar uma organização criminosa com o ex-delegado Maurício Demétrio Afonso Alves para estribar o ex-bicheiro e extorquir comerciantes.
Os dois policiais também são acusados em outra ação criminal de 2021, também pelo violação de promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa.
Iggnácio foi um dos maiores bicheiros do Rio de Janeiro e era genro de Castor Andrade, um dos pioneiros do jogo do bicho. Iggnácio foi executado a tiros em novembro de 2020 posteriormente desembarcar de um helicóptero em um heliponto no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade.
Também em 2022, Turnowski foi recluso preventivamente em sua mansão, no contexto do interrogatório de relação com a contravenção, mas responde ao processo em liberdade. Na quadra, o solicitador Maurício Demétrio também foi represado.
Saiba quem é o solicitador Allan Turnowski.
A resguardo do ex-secretário da Polícia Social informou à CNN que “aguarda a finalização dos mesmos e confia que ele será absolvido de ambas as acusações”.
Fraudes com Instalação Saúde
Os delegados Allan Turnowksi e Eduardo Clementino de Freitas são investigados por supostas fraudes em contratos firmados com a Instalação Saúde,
O órgão é ligado à Secretaria de Estado de Saúde do RJ e é responsável pela gestão da saúde pública do estado carioca. O MP-RJ apura os crimes de organização criminosa e fraudes em licitações contratuais.
A investigação aponta o direcionamento de contratos públicos em obséquio das empresas Vidgel Vigilância e Segurança e Vidgel Serviços Terceirizados.
Os contratos foram celebrados em 2021 e 2022 para prestação de serviços no Hospital Heloneida Studart, Hospital Estadual da Mãe e Meio Estadual de Diagnóstico por Imagem (CEDI – Rio Imagem).
Segundo o MPRJ, há a possibilidade de servidores públicos e outros investigados terem se beneficiado indiretamente dos recursos obtidos com o esquema criminoso. Na operação, foram apreendidos mais de R$ 66 milénio em dois endereços alvos, um na Barra da Tijuca e outro em Copacabana.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde afirma que a Instalação Saúde está a disposição para colaborar com as investigações. Leia aquém:
“A Instalação Saúde está aguardando os detalhes sobre a operação desencadeada pelo Ministério Público, com base da Polícia Social. A Instalação está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”.
Leia aquém a nota da Polícia Social do RJ:
“A Corregedoria-Universal de Polícia Social (CGPOL) participa de operação, em base ao Ministério Público, contra fraudes em contratos na extensão da saúde. São cumpridos dois mandados de procura e consumição contra servidores. A ação está em curso”.