Um grupo criminoso responsável por fabricar um talentoso esquema de fraude, operado por intermédio de influenciadores, para promover lançamentos diários de novas plataformas de jogos on-line ilegais, foi fim de operação na manhã desta segunda-feira (8/6).
As investigações revelaram que a organização comprava CPF de pessoas vulneráveis pelo valor de R$ 50 a R$ 100, forçando-as a realizar um cadastro em contas bancárias digitais, para utilizar em sites de apostas, muito porquê para lavar o quantia das empresas de que são sócios-proprietários.
Segundo a polícia, o grupo criminoso atuava com a ajuda de influenciadores digitais, que incentivavam seus seguidores a apostar a partir dos vídeos em que eles apareciam ganhando altos valores, em poucos segundos, e com apostas de valor insignificante.
Os investigados se valiam de uma versão de mostra, que tinha senhas programadas para apresentar resultados vitoriosos no jogo de cassino on-line, o que não era verdade. Os ganhos fictícios serviam para captar um maior número de apostadores.
Enquanto os envolvidos eram monitorados pela polícia, ficou constatado o aumento significativo do patrimônio dos investigados, que adquiriram veículos de luxo, imóveis, motoaquática, joias, além de viagens para destinos turísticos, inclusive frequentando restaurantes caros.
A Polícia Civil do Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cáceres, deflagrou a Operação Tiger Hunt, com o objetivo de satisfazer 21 ordens judiciais com foco na desarticulação da organização criminosa envolvida em crimes de lavagem de quantia, roubo, estelionato, falsidade ideológica e exploração de jogos de má sorte.
Dentre as ordens judiciais foram cumpridas, quatro mandados de prisão, cinco de procura e mortificação, além de sequestro de bens móveis e imóveis, quebra de sigilo bancário e sigilo telefônico, e suspensão das atividades econômicas das empresas.
A operação integra o planejamento estratégico da Polícia Social por meio da operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero, do Governo de Mato Grosso, que tem intensificado o combate às facções criminosas em todo o Estado.